O impasse imobiliário precisava
acabar. Descobri, via uma agente imobiliária, que o Bank of America era mais
afável para com estudantes estrangeiros. Fui até a agência mais perto de onde
me encontrava. No caixa, a simpática Kate me explicou algo que eu já sabia, que
precisaria de um endereço para poder abrir uma conta. Disse-lhe - com cara de cachorro
abandonado, dramatizando ao máximo – que
me encontrava ante uma aporia. Ante uma sinuca de bico. Não sei se ela me
entendeu. Tenho dúvidas de que efetivamente pronunciei “aporia” de uma meneira foneticamente
cognoscível. E, sinuca de bico foi dito meio que como se eu tive o Google translator instalado na minha boca. O fato era
que, sem conta, continuaria sendo um “homeless”. Expliquei-lhe que tinha
dinheiro em mãos. Mostrei um envelope gordo, cheio de notas. Na verdade o
envelope estava inflado com os papéis que tinha recebido ontem, na faculdade.
Funcionou. Kate chamou Milena, uma colega grega (um beijo para a Troika!).
Milena foi destinada como a minha “personal banking accounter”. Conta aberta. E, penso eu, depois o FMI fica
enchendo o saco dos gregos. A minha vontade era, naquele momento, indicar
Milena para presidenta do Banco Mundial.
Temperatura: -6ºC
Possibilidade de chuva: 34%
Vento: rajadas fortes e retumbantes.
No hay comentarios:
Publicar un comentario