Ainda sem casa, ainda sem conta bancária,
o dia era de começar a labutar. Dia de, evidentemente, dar a primeira gafe. Ao
chegar na universidade, a simpática assistente que me recebeu entregou-me uma
pilha de papéis, deu instruções de natureza diversa e me levou para um tour pela faculdade. Explicou-me que ela era americana-canadense, me apresentou aos seguranças (são muitos, mais abundantes que PMs em dia de manifestação do “Passe Livre”) e me auxiliou com as senhas,
acesso aos sistemas e internet. Ao final, explicou-me detidamente quais eram as
suas funções, em que ela poderia me ajudar e aquilo que, por não ser da sua
alçada, não poderia me ajudar. Em suma, ela é a responsável por todos os
pesquisadores visitantes e é quem cuida da agenda do meu supervisor.
Já quase saindo passamos em frente
de uma sala. Avistei a dois conhecidos. Laura, a gerente do centro de pesquisa ao qual
estou vinculado (Sim! Há uma gerente!) e Drew, o assistente financeiro. Fiz sinal com
a mão. Ao ver que eles se levantavam para me cumprimentar, entrei na sala.
Laura me estendeu a mão no momento em que eu já estava com os braços abertos e
o beiço de lado para o cordial beijinho
de “oi”. É, eu só escutei...”ah, quer um abraço? Então eu te dou um
abraço...”. Eles riram e tiraram sarro
da minha “afetividade” enquanto eu ficava mais vermelho que um tomate e pensava
que, em situações interculturais, o melhor é sempre lembrar que o outro nem sempre
pode agir como você. Maldito ímpeto.
Temperatura: 0 ºC
Possibilidade de chuva: 0%
Vento: Forte, de derrubar os
ciclistas pela rua.
No hay comentarios:
Publicar un comentario