Robert Kelly é um pesquisador
norte-americano que decidiu estudar o consumo cultural da arte nos museus. Com
escrita aguçada ele descreve, no artigo “Museums as status symbols II:
attaining a satate of having been”, que um terço dos visitantes de museus costumam
seguir um mesmo ritual de consumo. Nada mais descerem de seus ônibus fretados entram apressados no museu a ser visitado e, como detetives, procuram a loja de quinquilharias
do local. Nela, gastam mais de meia hora buscando lembrancinhas que tenham o
nome do museu/cidade ou a iconografia da principal obra. Findo isto, voltam
para o ônibus e esperam pelos demais viajantes que decidiram perder tempo
dentro das galerias.
Curiosamente, no Philadelphia Museumof Art a prática é um pouco diferente. Mais do que a loja, o objeto de desejo
de uma parcela expressiva está do lado de fora.
Feita a foto com Rocky, o ritual seguinte consta em subir as escadarias do Museu e repetir, no topo, os gestos do imortal campeão fictício.
Não vou negar. Cumpri à risca a
regra ritualística, ainda que cometi uma gafe. Entrei no museu.
Temperatura: padrão Sibéria (nível
IV).
Possibilidade de chuva: antes
chovesse, do céu só cai gelo.
Vento: sempre frio e cortante
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